A teoria de Tudo
 O filme Teoria de tudo é baseado na biografia de Stephen Hawking e mostra como o jovem astrofísico fez descobertas importantes sobre o tempo em Cambridge. Retrata a descoberta de uma doença motora degenerativa quando tinha apenas 21 anos, o seu romance com Jane Wilde e o apoio amoroso em diversas fases da doença.
Como toda história de superação, esta também emociona pela luta diária com os limites da doença. Traz a característica da autorrealização com a emoção da vitória, acima da dor. A capacidade de enfrentamento traduz-se por não se deixar vencer pelo desânimo ou desespero pela sentença recebida: dois anos de vida. Este foi o tempo previsto, porém, ele ainda vive em 2015.
Embora haja opiniões controversas sobre as descobertas científicas e sobre as aventuras amorosas de Stephen Hawking, o mérito do diretor James Marsh foi em fazer um filme que conta com elegância a história de vida privada das pessoas envolvidas. Assim, fez um filme que toca a alma ao revelar dignidade e grandeza humana.
Mostrar o quanto as pessoas podem ser dignas e maduras emocionalmente para enfrentar situações desafiantes na doença, no amor e nas relações interpessoais é uma capacidade humanista que lança possibilidades e isso, reconhecer o melhor dos humanos, é um ato pedagógico que beneficia as pessoas no enfrentamento das suas dificuldades.
Dignidade, liberdade e criatividade potencializam ações de autonomia, de responsabilidade com a verdade interior e, por consequência trazem maior assertividade na vida.
Apostar no ser humano, na sua capacidade de superação é tarefa para quem compreendeu o significado desta existência que é única e irrepetível.
Por fim, recomendo que vejam o filme de coração aberto, colocando-se na situação dos personagens (muito válidos), assim desenvolve-se empatia: capacidade de colocar-se no lugar das pessoas sem julgá-las.
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